Esta carta fala-nos de um grau de parentesco muito concreto, a filha. Mostrando-nos ou indicando que a resposta para as questões que temos envolve a nossa filha.
Certamente alguns que possam ler este texto e não tenham filhos e tendo, não são meninas, por esta hora estarão a pensar que a resposta desta carta não é acertada pois não têm nenhuma filha.
Eu própria podia ter esse pensamento por não ter filhos nem filhas e numa fase crítica em busca de respostas esta carta ser o suficiente para me fazer pôr em causa e desacreditar toda e qualquer espécie de oráculo.
Em etiquetas anteriores na partilha sobre o que penso que as cartas poderão responder, muitas vezes falei na intuição e de estabelecer a relação adequada entre cada carta com a questão e o contexto em que ela surge pois nestes oráculos as cartas não significam uma e apenas uma coisa e seja qual for a pergunta aquela carta só tem uma mensagem. E aqui também acontece isso.
Se pensarmos bem, uma filha, foi gerada por um pai e uma mãe e entre os progenitores e a filha, existem laços de afecto.
Se a filha do seu irmão ou irmã se de repente se visse sozinha no mundo, enquanto tio ou tia, não a acolheria e trataria e amaria como se fosse sua filha biológica?
Quando um casal ou uma pessoa adopta uma criança que biológicamente não lhe é nada, não vive com ela uma relação de mãe ou pai e filha?
Quantos de nós nos afeiçoamos a alguém que consideramos e usamos a expressão "é a minha segunda mãe"?
E no que toca a afectos quando irmãos se vêem sem os seus pais, é um dos irmãos que passa a ser visto pelos outros como mãe ou pai por ter cuidado, amado e protegido?
Para já não falar quando contactamos regularmente com crianças que nos dizem, quem me dera que fosses meu pai ou minha mãe, por verem em nós uma referência, uma segurança e afecto.
Na minha profissão já o ouvi e já houve crianças que por dificuldade de articular o meu nome me chamavam mamã.
Por isso, esta carta não existe para ser conselho só para quem tenha filhas.
E se por um lado a sua filha poderá por quem é ou pelo que faz estar envolvida na resposta que procura.
Por outro lado, o contacto afectivo com crianças ou com alguma criança em particular, mesmo não sendo sua filha biológica pode ser uma filha afectiva que está também envolvida na resposta.
Penso que esta carta nos pede que pensemos na nossa filha ou em alguém a quem queremos como tal e aí, cada um descobrirá o que há de especial que possa servir-nos de informação para chegarmos até à resposta.
Até à próxima!
Sem comentários:
Enviar um comentário