Existem algumas questões que funcionam como uma espécie de código de ética para quem lida com oráculos e que gostaria de abordar.
Muitos dos oráculos podem ser um recurso a utilizar com determinados objectivos.
Os principais objectivos de quem os usa são: o de previsão, adivinhação. O querer saber como é, como vai ser o que vai acontecer.
Um outro objectivo é o da orientação espiritual, saber como está a minha energia, qual a energia que vai dominar o meu dia.
Podemos considerar também o objectivo terapêutico que mais que uma orientação é obter resposta sobre que atitude devo ter perante esta pessoa, esta situação, como posso eu resolver esta questão que me preocupa ou incomoda.
Seja qual for o objectivo com que uso o oráculo e principalmente se o objectivo é o da previsão, adivinhação, há pormenores que devemos ter em conta e que passo a referir
Em primeiro lugar quando há outras pessoas envolvidas na questão, as respostas que recebemos podem nem sequer acontecer.
Então mas os oráculos mentem? Erram? Enganam-se?
Eu diria que talvez não mas se há mais pessoas envolvidas na questão, há mais livre-arbítrios na questão.
Dois exemplos típicos de questões:
1) fulano x vai namorar comigo?
Hipotética resposta do tarot: enamorados, sol, mundo
Leitura do interessado sim, e com enamorados ele está gosta mim, sol, sente-se feliz ao meu lado, mundo tudo correrá bem.
O tempo passa e a relação não acontece.
Porquê? Porque há um fulano x, que até gosta da fulana y, sente-se bem na sua companhia e tudo corre bem mas o fulano x tem livre arbítrio e por muito que goste e se sinta bem pode ter uma história pessoal que o leve a optar por manter uma relação afectiva e emocional com a fulana y de amizade para a vida toda.
2) vou conseguir aquele emprego?
Resposta do tarot: mago, sol, carro
Leitura do interessado eu preencho todos os requisitos fiz uma boa entrevista, o processo de selecção vai avançar e vou ficar com o emprego.
Não fica com o emprego. Mas porquê?
Tem um bom curriculo preenchia os requisitos fez uma boa entrevista, mas o empregador optou por outro candidato que em qualquer pormenor acabou por se destacar.
Não se esqueça que se a questão não tem única e exclusivamente haver consigo e não está tudo só nas suas mãos, os outros têm também eles livre arbítrio para decidir.
Na questão do meu exame de condução, havia um examinador com a decisão de me atribuir ou não título que comprova que estou apta para conduzir.
Mas está só nas minhas mãos mostrar ao examinador que estou apta.
Se eu tenho bom domínio do carro, revelo conhecer a mecânica e como funciona o carro.
Se cumpro todas as regras de trânsito revelo conhecer as regras e sei como aplicá-las e manter-me atenta às indicações dadas pela sinalética.
Se controlo a ansiedade e me mostro focada e no que estou a fazer provo ter condições psico emocionais para conduzir e lidar com quem circula na via pública.
Não havendo por isso nenhum motivo para que o examinador me chumbe.
Há quem defenda que quem utiliza oráculos, não deve utilizar consigo.
Eu acho que utilizar consigo é una excelente forma de praticar estudar aprender e conhecer melhor o oráculo e desenvolver a sua intuição.
E aí, pode registar as suas impressões, pesquisar sobre o significado dos vários elementos da resposta para complementar ou corrigir.
Defendo que o utilize consigo próprio e em temas que só o envolvam a si, onde não existem terceiros que possam ter um poder de decisão maior do que aquilo que está nas suas mãos, como no caso do meu exame de condução.
Registe por escrito para depois revisitar e poder fazer o paralelo do desfecho com a resposta obtida.
Por vezes no caso das cartas, perante o desfecho ao revisitar a resposta encontramos nas cartas alguma coisa que nos remete para algum detalhe do desfecho o que nos dá mais informação sobre a carta que poderá ser aplicada no futuro.
Até à próxima!
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